Cuidado com alimentação infantil também pode ser uma boa meta de Ano Novo

20 de janeiro de 2025 às 15:53

Foto: Hugo Rezende

Com certeza, você que está lendo este release fez considerações de ano novo e colocou ‘’melhorar os cuidados com a saúde’’ entre elas. Talvez tenha pensado nisso porque quer emagrecer e ficar bem com o seu corpo, receber menos olhar de julgamento da sociedade ou porque sabe o quanto é importante equilibrar alimentação para conquistar uma vida mais saudável.

O que muita gente esquece, no entanto, é que tais hábitos também se refletem nas crianças. Comer bem, evitar petiscos industrializados ou compensações com fast foods são algumas medidas que devem estar na rotina diária dos pequenos, principalmente agora, no retorno às aulas. As dicas são da endocrinologista pediátrica Marília Barbosa, que ainda ressalta: “planeje o cardápio escolar, isso é muito importante! Inclua frutas frescas, lanchinhos, salgados saudáveis e opções diversificadas e ricas em nutrientes na lancheira das crianças”.

Para voltar à rotina, a profissional reforça que é fundamental definir novos horários de refeição. “Com hora certa para comer, as crianças vão reduzir aquelas beliscadas ao longo do dia. Recomendo que é uma ótima oportunidade para envolver as crianças na preparação das refeições, pois isso torna o processo mais divertido para elas e, consequentemente, mais educativo”, pontua.

Marília Barbosa acrescenta, ainda, que os finais de semana podem ser utilizados para esse momento de planejamento da rotina alimentar. “Às vezes, na correria diária, é mais complicado. Entretanto, o tempo mais livre do fim de semana pode ser um aliado para preparar as refeições na companhia das crianças ou convidá-las para o planejamento, para que elas se sintam mais envolvidas e tenham maior aderência ao processo.”

Promover atividades ao ar livre e limitar tempo de tela também são pontos importantes que podem ser adotados como novos hábitos em 2025. “A Sociedade Brasileira de Pediatria orienta que as crianças menores de 2 anos não tenham contato com telas; dos 2 aos 5 anos, que recebam tal estímulo por até uma hora por dia; dos 6 aos 10, esse contato deve ser entre uma e duas horas ao dia; e entre 11 e 18 anos de idade, entre duas e três horas por dia”, esclarece a médica.

“Sabe aquelas ‘besteirinhas’ que costumamos comprar para deixar no armário? Elas até facilitam, na correria, a montagem da lancheira escolar, mas sabemos que não são saudáveis. E se a criança sabe que tem em casa, claro que vai pedir por elas. Uma vez ou outra, tudo bem, são crianças! Mas no dia a dia, precisamos priorizar alimentos nutritivos, inclusive no lanche da escola”, reforça a endocrinopediatra.

Se em casa, entretanto, a ‘besteirinha’ já fizer parte do dia a dia, Marília Barbosa traz um recado de que nem tudo está perdido. Ela endossa que “mudanças de hábito levam tempo e podem encontrar resistência no início, mas o importante é insistir. Afinal, hoje sua criança pode estar no peso ideal, mas com uma alimentação ruim, isso pode mudar, e o ajuste será bem mais desafiador depois, sem contar no prejuízo à saúde.”

Então, que tal aproveitar esse início de 2025 para colocar a rotina das crianças nas resoluções de Ano Novo também? São as pequenas ações diárias que constroem bons hábitos e um futuro mais saudável.